O autoconsumo coletivo é uma das modalidades que está a suscitar grande interesse por parte dos consumidores. Este é um conceito que permite partilhar os benefícios de uma instalação de produção de energia solar. Afinal, uma fatia considerável da população vive em grandes áreas urbanas, onde a oferta imobiliária é predominante na tipologia de apartamento, sendo este tipo de solução adaptada às diferentes caraterísticas. Os equipamentos podem ser instalados em moradias e em apartamentos, sendo este um dos pontos mais vantajosos para vários utilizadores poderem beneficiar da mesma instalação para gerar energia.
A criação de uma comunidade solar pode não só responder às suas necessidades, como também às das restantes pessoas que partilham o mesmo condomínio. Enquanto contribuem para reduzirem coletivamente a pegada ecológica, estão também a poupar na fatura da eletricidade, principalmente se conseguirem complementar a autoprodução com um Plano de Eletricidade e Gás à medida, em que a eletricidade é, também ela, de origem renovável. Neste artigo, conheça exatamente em que consiste o autoconsumo coletivo. Para isso, juntamos todas as informações sobre como funcionam as comunidades de energia renovável e todas as suas vantagens.
Uma comunidade solar é uma instalação de energia, constituída por painéis fotovoltaicos, que é construída e gerida por um coletivo de pessoas/empresas que aderiu voluntariamente - pode pertencer ao mesmo condomínio, edifício ou parque industrial -, e que investiu num projeto comum de produção de energia.
O autoconsumo coletivo está assente na constituição de uma comunidade energética com, pelo menos, dois autoconsumidores de energia renovável que se organizam. Isto é, várias pessoas partilham uma instalação de geração de energia, a partir do sol. Desta forma, qualquer família portuguesa pode gerar, consumir, partilhar e até vender energia. Este incentivo à constituição de comunidades de energia renovável é uma medida que faz parte de um conjunto de incentivos à utilização de energias renováveis.
Em suma, parte da energia gerada será autoconsumida pelo respetivo produtor e outra parte será partilhada com os consumidores à sua volta a um preço mais competitivo. A energia gerada é totalmente utilizada diretamente no local de consumo. O excedente da energia produzida pode ser armazenado, caso exista um sistema próprio para tal, ou pode ser vendido e injetado na rede elétrica local.
Numa comunidade de autoconsumo coletivo, a energia elétrica é produzida por uma unidade de produção. Esta vai abastecer diversos pontos de consumo. As comunidades de energia renovável são compostas por um produtor e por vários vizinhos. Cada um destes elementos tem a sua importância para a boa funcionalidade destes sistemas.
O primeiro passo para a instalação do sistema de autoconsumo coletivo é escolher o produtor. Normalmente, esta pessoa ou conjunto de pessoas tem espaço disponível para a instalação dos painéis solares. No caso de um prédio, este papel é normalmente atribuído ao condomínio, já que o telhado é o local mais escolhido. A cargo do produtor fica a cedência do espaço, assim como a disponibilização de energia aos restantes elementos da comunidade. Para isso, os painéis solares devem ser instalados em número superior ao necessário para o autoconsumo individual.
Por outro lado, os vizinhos são pessoas que não têm espaço ou que não pretendem instalar painéis solares. Estes têm que se encontrar na zona de vizinhança do produtor. Cada um recebe uma parte da energia gerada pelos painéis solares. Esta parte é definida com base no acordo estabelecido no início do processo. Os vizinhos beneficiam também de um desconto na energia solar, sem necessidade de investimento nos equipamentos. Todavia salientar, que ninguém é obrigado a comprar a energia produzida pela comunidade.
Como referido, cada participante da comunidade tem direito a uma parte da energia produzida. Os painéis solares devem estar localizados até 500 metros das propriedades que irão utilizar a energia por eles produzida. Esta partilha pode ter em consideração vários fatores, como o consumo do agregado, o investimento, entre outros. Existe um coeficiente de distribuição que ajuda a comunidade a determinar a percentagem de eletricidade que cada interveniente recebe.
A percentagem da partilha deve ser estabelecida no início do processo. Todas estas informações são registadas num documento assinado por todas as pessoas e entregue à empresa comercializadora. Para qualquer dúvida sobre este processo, pode consultar o Regulamento de Autoconsumo da ERSE, com todas as regras comerciais para este processo.
As comunidades solares podem ter diversas dimensões, desde pequenas instalações a grandes quintas com vários painéis solares. Ao contrário dos parques solares tradicionais, que exigem um grande investimento e são geridos por um único proprietário (pode ser um consórcio), as comunidades solares podem ser construídas por um grupo maior de indivíduos, coletivos ou particulares, e a gestão é, também ela, coletiva.
Uma das principais vantagens do sistema de autoconsumo coletivo é a redução da fatura de eletricidade. A produção de energia permite a todos os intervenientes um desconto na energia consumida. Esta é uma vantagem importante principalmente na conjuntura em que vivemos atualmente. Estima-se que a poupança em comunidades de autoconsumo varie entre os 10% e os 30% na fatura final, sendo uma solução bastante vantajosa, principalmente quando tem contratada uma tarifa adequada ao seu consumo.
Aderir a uma comunidade de autoconsumo é uma solução que reduz a pegada ecológica de cada família. Para além de ser uma energia proveniente de uma fonte renovável, reduz também as emissões de carbono. Este é o caminho para quem pretende fazer escolhas mais sustentáveis para o seu dia a dia e contribuir para um futuro melhor.
Por fim, pertencer a uma comunidade de energia renovável pode não ser acessível a todos, especialmente para aqueles que não têm muito espaço. Por essa razão, este sistema permite a pessoas que vivem em prédios, por exemplo, terem acesso a energia renovável e mais barata. Os condomínios podem beneficiar do autoconsumo coletivo e utilizar as áreas comuns para a instalação dos painéis solares, sem ocupar o espaço essencial das casas. Além disso, todo o excedente não consumido pode ainda ser vendido e o valor recebido colocado no Fundo de Emergência Comum. Contudo, já que grande parte dos centros urbanos são constituídos por prédios, as instalações de equipamentos de energias renováveis podem necessitar da autorização do condomínio.
Esta é uma solução viável para quem não tem muito espaço e quer usufruir de energias renováveis. Aliadas a estas soluções, não esqueça, a Repsol também lhe oferece eletricidade renovável, com garantia de origem. A energia que disponibilizamos contribui para a redução de emissões e para a transição energética. Para a Repsol cuidar do meio ambiente é um compromisso que queremos manter com os nossos consumidores, ao mesmo tempo que lhes fornecemos as energias indispensáveis para o seu bem-estar.
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