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Como mudar o contador da luz: guia completo e atualizado

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Mudar o contador da luz, em Portugal, não é algo que o consumidor faça por iniciativa própria como se trocasse uma lâmpada. O equipamento é propriedade do operador de rede de distribuição (na maioria dos casos, a E-REDES) que é responsável por o instalar, ler, manter e substituir quando necessário.

Desde 2024 que a E-REDES concluiu a instalação de cerca de 6,6 milhões de contadores inteligentes em Portugal continental, o que significa que, no final do primeiro semestre de 2025, 99% das instalações de baixa tensão já tinham contador inteligente integrado em rede inteligente. Por isso, "mudar o contador" hoje em dia significa sobretudo resolver uma avaria, adaptar a potência contratada ou adequar a instalação (por exemplo, para um quadro trifásico).

Neste guia explicamos quando faz sentido mudar o contador, quem faz o quê e como funciona o processo.

 

Quando é necessário mudar o contador da luz?

Em regra, o contador só é mudado em três grandes situações:

  1. O equipamento está avariado ou tecnicamente desatualizado.
  2. Há necessidade de alterar a potência contratada para um valor que exige outro tipo de contador.
  3. A instalação passa de monofásica para trifásica (ou vice-versa), o que implica outro esquema de medição.

A mudança de comercializador, por si só, não obriga a trocar o contador. Só é necessária substituição se o tarifário escolhido exigir funcionalidades que o contador existente não suporta.

Contador avariado ou desatualizado

Quando suspeita que o contador não funciona bem, por exemplo, o visor está apagado, surgem códigos de erro, o equipamento comporta-se de forma estranha ou as leituras parecem incoerentes face ao histórico, deve comunicar a situação.

O operador de rede é dono do contador com a obrigação de o manter calibrado, fazer leituras periódicas e substituí-lo quando necessário. Pode mesmo substituir contadores antigos por modelos inteligentes no âmbito do programa de modernização, mesmo sem pedido do cliente. Isso faz parte das suas responsabilidades de gestão dos contadores.

Aumento de potência contratada

Outro motivo comum para mexer no contador é o aumento da potência contratada, quando "a luz vai abaixo" com frequência por ligar vários equipamentos ao mesmo tempo.

A potência contratada é o valor que limita a utilização simultânea de aparelhos. No website da ERSE encontra um simulador oficial que ajuda a escolher o escalão adequado, até 10,35 kVA.

Como se pede o aumento?

  • O pedido é feito ao comercializador (a empresa que emite a fatura)
  • O comercializador envia a ordem de serviço à E-REDES
  • Se existir contador inteligente e a instalação estiver certificada para o novo valor, a E-REDES pode alterar a potência remotamente, muitas vezes em menos de 24 horas.

Se a potência desejada for superior à potência máxima admissível da instalação, é necessário um processo mais técnico: faz-se um pedido específico à E-REDES, procede-se à obra no quadro e certificação da instalação por uma entidade inspetora reconhecida pela DGEG. Nesses casos, pode ser preciso substituir o contador por um modelo adequado ao novo nível de potência.

Mudança de contador monofásico para trifásico

A passagem de monofásico para trifásico costuma surgir quando se instala:

  • Carregador de veículo elétrico com elevada potência
  • Bomba de calor de grande dimensão
  • Equipamentos industriais ou semi-industriais em casa ou num pequeno negócio.

A mudança de esquema (mono/trifásico) é, na prática, uma modificação da instalação elétrica e da potência contratada. É necessário que a instalação esteja certificada para o novo nível de potência e, acima de determinados valores, pode ser essencial um pedido de condições de ligação com documentação técnica (ficha eletrotécnica, memória descritiva, desenho esquemático), emitida por eletricista qualificado.

Após a instalação estar conforme, o operador de rede instala um contador adequado ao novo tipo de fornecimento (trifásico).

 

Quem é responsável pela mudança do contador?

Papel do operador de rede (E-REDES)

O operador de rede de distribuição é o dono do contador e é quem o instala, lê, faz manutenção e substitui. No continente, essa função é assegurada, na esmagadora maioria dos casos, pela E-REDES.

A própria E-REDES indica nas suas FAQ que:

  • A gestão e substituição dos contadores é sua responsabilidade
  • Pode substituir o contador sem autorização expressa do cliente, desde que garanta acesso ao local
  • Podem ser cobradas leituras de verificação extraordinárias se o cliente impedir de forma prolongada o acesso ao equipamento.

Para contadores inteligentes, a E-REDES também é responsável por ativar as funcionalidades de rede inteligente (telecontagem e serviços remotos) e comunicar ao cliente quando o equipamento passa a estar integrado.

 

Papel do comercializador de energia

O comercializador, como a Repsol, é o "rosto" com quem o cliente fala no dia a dia. Cabe a esta empresa:

  • Celebrar e gerir o contrato de fornecimento
  • Receber pedidos de alteração de potência, tarifário ou ciclo horário
  • Encaminhar esses pedidos para a E-REDES para execução técnica.
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Passo a passo: como mudar o contador da luz

1. Contactar o seu fornecedor de energia

Geralmente, o primeiro passo é falar com o comercializador indicado na fatura. Pode fazê-lo:

  • Pela área de cliente/app
  • Por telefone
  • Em loja física, se existir

Tenha consigo:

  • Dados do titular (nome, NIF, contacto)
  • Morada de fornecimento
  • CPE (Código de Ponto de Entrega), que aparece na fatura
  • Motivo do pedido: por exemplo, aumentar potência, confirmar avaria, mudar de mono para trifásico.

Em caso de suspeita de avaria, pode também reportar diretamente à E-REDES através do Balcão Digital ou da linha de apoio ao cliente.

 

2. Agendar a visita técnica

Após receber o pedido, o comercializador abre uma ordem de serviço. Em instalações com contador inteligente já integrado em rede inteligente, muitas alterações (como mudança de potência ou de ciclo horário) passam a ser feitas remotamente, sem visita.

Quando é necessária intervenção no local (instalação de novo contador, mudança de mono para trifásico ou adaptação da instalação), a E-REDES:

  • Contacta o cliente
  • Propõe datas e horários para a visita

3. Instalação e ativação do novo contador

No dia agendado, o técnico que faz a intervenção:

  • Desliga o fornecimento
  • Remove o contador antigo
  • Instala o novo equipamento
  • Verifica se a instalação elétrica cumpre os requisitos de segurança básicos

No caso dos contadores inteligentes, após a instalação física, é feita a integração na rede inteligente e a ativação da telecontagem. O cliente é posteriormente informado de que o equipamento está operacional e, a partir daí:

  • Passa a haver leituras reais e automáticas
  • É possível alterar potência e alguns parâmetros contratuais à distância
  • Diminui o risco de faturas baseadas em estimativas

 

Documentos necessários para mudar o contador

Os documentos variam consoante se trata de:

  • Simples alteração de potência contratada
  • Nova ligação à rede
  • Modificação estrutural da instalação (por exemplo, passar a trifásico).

Para alterações "simples" de potência, em regra, são solicitados:

  • Dados de identificação do titular (nome, NIF, documento de identificação)
  • CPE da instalação
  • Potência desejada
  • Eventualmente, o certificado ou ficha da instalação elétrica, para confirmar a potência máxima admissível

Para novas ligações ou alterações profundas de instalação, a E-REDES exige documentação mais técnica, como:

  • Licença municipal de construção ou documento que comprove a legalidade do imóvel
  • Planta ou elementos de localização
  • Ficha eletrotécnica e memória descritiva elaboradas por técnico qualificado inscrito na DGEG
  • Descrição da modificação pretendida e identificação do CPE (se já existir)

Na prática, para um consumidor doméstico típico que já tem eletricidade em casa e quer apenas ajustar potência ou resolver uma avaria, basta ter a documentação pessoal e o CPE; o comercializador indicará se é preciso algum documento técnico adicional.

 

Mudança para contador inteligente: vantagens

Hoje, praticamente todos os clientes de baixa tensão em Portugal continental já dispõem de contador inteligente em rede inteligente, segundo a ERSE.

Estes equipamentos trazem várias vantagens:

  • Leituras automáticas e faturação por consumos reais: deixa de ser necessário enviar leituras todos os meses e reduzem-se as faturas por estimativa.
  • Perfil de consumo detalhado: o contador regista o consumo em intervalos curtos (tipicamente 15 minutos), permitindo ver em detalhe como a casa consome energia e identificar desperdícios.
  • Mudanças remotas de potência e tarifário: com a telecontagem ativa, muitas alterações passam a ser feitas à distância, sem deslocação de técnicos, facilitando a gestão da potência contratada e dos ciclos horários.
  • Acesso a tarifas mais sofisticadas: as tarifas bi-horárias, tri-horárias e mesmo as ofertas indexadas dependem da capacidade do contador para registar consumos por período horário e comunicar esses dados de forma fiável.
  • Maior apoio à transição energética: os contadores inteligentes são um pilar das redes inteligentes, permitindo integrar autoconsumo, comunidades de energia e mobilidade elétrica.

Outro ponto importante: os contadores inteligentes não usam a sua internet doméstica; comunicam por uma rede própria e segura gerida pelo operador de rede.

Em suma, mudar o contador da luz é apenas uma parte de uma gestão mais eficiente da eletricidade na sua casa; a outra passa por escolher um comercializador que ajude a tirar o máximo partido desse equipamento. Ao ser cliente Repsol pode, por exemplo, beneficiar da Tarifa Viva e ter até 20% de redução no kWh, ou da Tarifa Viva Digital, com adesão online, que oferece até 25% de desconto no kWh, mantendo a simplicidade na gestão do contrato. Para quem consegue ajustar os consumos às horas em que a eletricidade está mais barata, a Tarifa Viva Sem Mais, 100% indexada, permite aproveitar os preços horários da energia e alinhar o uso dos equipamentos com os períodos mais económicos. Em conjunto com um contador inteligente, estas soluções ajudam não só a controlar melhor a fatura, como também a utilizar a energia de forma mais informada e adaptada ao seu perfil de consumo.

Perguntas frequentes sobre a mudança de contador

A instalação de contadores inteligentes não tem custo direto para o consumidor: o cliente continua a pagar a potência contratada e a energia consumida, mas não paga o contador em separado.

Do ponto de vista regulatório, o contador é do operador de rede. Este tem o dever de o manter calibrado e atualizado para cumprir as regras de leitura, faturação e qualidade de serviço. A gestão e substituição dos contadores é responsabilidade do referido operador que pode substituí-los sempre que necessário, garantindo apenas o acesso ao local. Recusar o acesso pode gerar problemas: leituras estimadas, eventuais interrupções e até custos associados a deslocações extraordinárias.

Não. A substituição do contador é independente do comercializador escolhido: quando muda de fornecedor, o contador normalmente mantém-se, exceto se o novo tarifário exigir funcionalidades que o equipamento atual não suporta (por exemplo, certos ciclos horários ou serviços avançados de rede inteligente).