Com o frio, a fatura sobe, mas não tem de ser assim. Este guia mostra como preparar a casa e gastar menos, começando pelo que mais compensa: vedação de janelas e portas, uso inteligente da luz solar e ventilação de curta duração. Otimize o aquecimento com temperaturas realistas e programe os períodos em que liga os equipamentos. Seguem-se truques de iluminação LED, hábitos diários que cortam o standby e lavagens em modo ECO, além de sugestões para águas quentes sanitárias e tarifas bi-horárias.
Prepare a sua casa para o inverno: dicas essenciais
Antes de ligar o aquecimento, retenha o calor dentro de casa: instale vedantes em portas e janelas, use "chouriços" de porta, feche persianas e cortinas ao anoitecer e afaste móveis dos radiadores para não bloquear a convecção. São gestos rápidos e baratos que reduzem as perdas térmicas. Ventile de manhã por pouco tempo (10 a 15 minutos devem bastar) para renovar o ar sem arrefecer a casa. Use tapetes em pisos frios, pois diminuem a sensação de desconforto nos pés. Regule corretamente a temperatura do frigorífico entre 2 °C e 5 °C (é comum escolher 4 ou 5 °C) e congelador a −18 °C.
Otimize o seu sistema de aquecimento para poupar energia
Ajuste o termóstato. Se reduzir 1 °C pode poupar cerca de 7% na energia de aquecimento, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE). Programar o aquecimento para baixar durante a noite (por exemplo, para cerca de 15 °C) e quando a casa está vazia pode cortar até cerca de 10% da fatura anual. Use um programador e, se possível, termóstatos por divisão.
Quanto ao conforto e saúde, a Organização Mundial da Saúde indica que aquecer casas frias até uma temperatura interior mínima na ordem dos 18 °C está associado a menor risco de problemas respiratórios e cardiovasculares, especialmente em pessoas vulneráveis.
Faça a manutenção: caldeiras e radiadores com revisão periódica funcionam melhor e purgar os radiadores após longos períodos sem uso melhora a circulação e a eficiência energética.
Considere tecnologias mais eficientes: bombas de calor fornecem mais energia útil do que a eletricidade que consomem. As bombas de calor têm um SCOP (coeficiente de desempenho sazonal, na sigla em inglês) normalmente acima de 1, muitas vezes entre 2,5 e 4, porque transferem calor do exterior para o interior, fornecendo várias unidades de calor por cada unidade de eletricidade consumida (por exemplo: SCOP de 3 significa que quando a bomba de calor gasta 1 kWh elétrico fornece 3 kWh de calor útil). É uma das soluções mais eficientes para o aquecimento do ambiente e de águas.
Iluminação eficiente: como iluminar a sua casa no inverno
Troque para LED: as lâmpadas LED consomem até menos 90% de energia face às incandescentes e duram muito mais tempo. Procure a etiqueta energética A a G atualizada, compare lúmens (fluxo) e kWh/1000 h, e use candeeiros de luz "quente" (2700-3000 K) para conforto visual nas tardes curtas de inverno. Aproveite a luz natural durante o dia e só acenda o necessário ao entardecer. Pequenos gestos somam na fatura ao longo dos dias e meses.
Pequenos hábitos, grandes poupanças: dicas para o dia a dia
Reduza o consumo em standby: desligar equipamentos e usar tomadas inteligentes ou temporizadores pode cortar até cerca de 10% da fatura. Eliminar cargas ocultas é uma poupança fácil.
Lavar e secar: use máquinas cheias e programas "eco". Ao reduzir o número de ciclos e optar por modos económicos e baixas temperaturas, pode alcançar poupanças na ordem de 40% nestes equipamentos. Evite a secagem elétrica quando possível, pois um estendal interior bem ventilado ou a secagem ao ar livre são mais eficientes.
Na cozinha: sempre que possível, prefira placas e micro-ondas ao forno para pequenas porções e cozinhe com tampa. Por exemplo, cozer 500 g de batatas no forno consome muito mais energia do que numa placa, especialmente numa de indução.
Água quente: reduzir o tempo de duche e instalar "chuveiros economizadores" baixa o consumo de energia e água. Se ponderar fazer uma renovação, bombas de calor para águas quentes sanitárias são opções eficientes.
Poupar energia no inverno vs verão: quais as diferenças?
No inverno domina o aquecimento, a iluminação é mais usada e os eletrodomésticos passam mais horas ativos. Já no verão, o arrefecimento (se existir) e a refrigeração ganham peso. Durante o inverno importa reter calor, otimizar aquecimento e iluminação enquanto no verão é mais determinante proteger da radiação solar, ventilar nas horas frescas e ajustar a climatização a temperaturas de conforto mais elevadas, com consumos deslocados para horários de menor preço quando possível.
Hábitos como baixar 1 °C no aquecimento e adotar programas "eco" são eficazes em qualquer estação, mas com impactos diferentes entre o inverno e o verão.
Soluções Repsol para ajudar a poupar na fatura no inverno
Tarifas de eletricidade e gás com descontos imediatos: a Repsol disponibiliza tarifas residenciais com preço fixo no kWh como a Tarifa Viva onde pode ter até 20% de redução e a Tarifa Viva Digital, de adesão online, em que pode ter 25% de desconto no kWh e benefícios associados. Para quem quer acompanhar o mercado ativamente, pode ainda consultar os preços por hora do kWh e conhecer as vantagens de uma tarifa 100% indexada, a Tarifa Viva Sem Mais, que permite organizar o consumo quando a eletricidade está mais barata e explorar o ciclo horário.
Multienergia para somar poupanças: ao juntar diversas energias, acumula benefícios:
- Plano Motor e Luz (eletricidade + benefícios de mobilidade): com poupanças diversas e um espaço único para gerir faturas e consumos.
- Plano Motor, Luz e Calor (eletricidade + gás natural ou consumo anual de garrafas), sem fidelização.
Saldo My Repsol para abater nas faturas de inverno: sempre que abastece, compra garrafas de gás, carrega o veículo elétrico ou paga faturas de energia, acumula saldo que pode usar nas próximas compras ou para reduzir a fatura de eletricidade/gás. A área cliente e a app permitem ver o saldo, faturas e movimentos num só sítio.
Ferramentas práticas para gastar nas horas certas: a página com os preços da eletricidade por hora mostra, diariamente, o preço médio, mínimo e máximo do kWh e a tabela por horas. É uma ajuda para planear e agendar a utilização de eletrodomésticos e planear melhor todos os consumos.
Para conforto com eficiência, a temperatura mais indicada situa-se entre os 19‑21 °C. Como mínimo para a saúde de pessoas mais vulneráveis, deve procurar-se um ambiente na ordem dos 18 °C. Evite aquecer excessivamente, pois cada grau a mais vai pesar na fatura.
Em geral, não: é preferível aquecer quando precisa e programar reduções durante a noite e ausências. Programar baixas temporárias e reduzir 1 °C poupa energia sem perder conforto. Há exceções para sistemas específicos (ex.: piso radiante com muita inércia térmica), mas a regra é ajustar ao uso real.
As estimativas rondam os 7% de redução no consumo relativo ao aquecimento por cada grau a menos. Em casas bem isoladas e com controlo por divisão, o efeito é consistente, mas já em habitações com isolamento térmico pouco eficaz e com maiores perdas de calor, o impacto na fatura pode variar, mas a tendência é a mesma, ou seja, gastar menos energia.
Sim. Os LED consomem até menos 90% de energia do que lâmpadas incandescentes e duram mais. Trocar em pontos de maior uso (salas, cozinha, corredores) é uma das medidas com retorno mais rápido.
Quando consegue deslocar uma fatia relevante do consumo elétrico para as "horas de vazio" (à noite/fins de semana), em que a energia é mais barata, como, por exemplo, lavagens, aquecimento de águas ou carregamentos de veículos.
