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Como solicitar o certificado energético: guia passo a passo

Certificado energético: passos para solicitar

A classificação energética deixou de ser um mero requisito legal na hora de vender ou arrendar. O certificado energético (CE) revela quanto a sua casa gasta em aquecimento, arrefecimento e águas quentes sanitárias (AQS), sugere melhorias e pode abrir a porta a benefícios fiscais, apoios à reabilitação ou até a reduções no IMI. A seguir encontra um guia completo que reúne obrigações, custos, papelada e conselhos práticos para valorizar o seu imóvel. 

 

O que é o certificado energético e qual a sua importância?

Emitido pela ADENE através do Sistema de Certificação Energética dos Edifícios (SCE), o CE atribui ao imóvel uma classe de A+ (a mais eficiente) a F (a menos eficiente) e inclui:

  • Descrição da envolvente (orientação, paredes, coberturas, vãos);
  • Estimativa anual de energia para climatização e água quente sanitária;
  • Lista de medidas de melhoria, com investimento e poupança previstos.

O documento vale 10 anos para habitação e pequenos serviços e 8 anos para grandes edifícios. Dependendo da classe energética, esta pode dar acesso a taxas de IMI reduzidas em municípios que assim o deliberem na respetiva assembleia municipal, Segundo a Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro, "podem fixar uma redução até 25% da taxa do imposto municipal sobre imóveis a vigorar no ano a que respeita o imposto, a aplicar aos prédios urbanos com eficiência energética". Outro aspeto importante, é o efeito no preço de venda do imóvel, pois os imóveis com melhor classificação energética podem são mais valorizados no momento da venda. 

 

Quando é obrigatório ter um certificado energético?

Em conformidade com o SCE, o certificado energético é exigido em diversos cenários:

  1. Venda ou arrendamento de qualquer fração (apartamento, moradia, loja).
  2. Obra nova ou grande reabilitação, para licenciamento.
  3. Candidatura a subsídios (ex.: Programa Edifícios + Sustentáveis, Vale Eficiência).

Caso o imóvel não tenha certificação energética, pode resultar em coimas de 250 € a 3740 € no caso de particulares.  Há diversas isenções, como templos de culto religioso, alguns tipos de edifícios industriais dedicados, ruínas a demolir, etc. 

 

Passo a passo: como solicitar o seu certificado energético  

Etapa

O que fazer 

Dicas úteis

1. Escolher perito qualificado 

Pesquise no diretório “Certificar é Valorizar” do SCE; recolha 2–3 orçamentos. 

Confirme número de técnico SCE e seguro de responsabilidade. 

2. Preparar documentação

Planta, caderneta predial, certidão de registo, ficha técnica (> 2004) e identificação do proprietário. 

Fotografias de obras recentes (painéis, janelas) ajudam a justificar melhor classe. 

3. Visita ao imóvel 

O perito mede áreas, verifica isolamento, janelas, AVAC, AQS e ventilação. 

Tenha à mão faturas de energia para validar coerência entre consumos reais e modelo. 

4. Revisão do rascunho

Receba versão preliminar e confirme áreas, equipamentos e dados de obra. 

Corrija erros antes de submissão. Alterar depois implica nova taxa. 

5. Registo na ADENE 

O perito submete o processo. 

Prazo habitual: 2 a 5 dias úteis após visita, salvo picos de procura. 

Certificado energético: passos para solicitar

Documentos necessários

  • Planta do imóvel. Pedir na Câmara Municipal ou ao construtor e deve apresentar escalas legíveis.
  • Caderneta predial. Pedir no portal das Finanças e deve estar atualizada.
  • Certidão predial. Pedir na conservatória do registo predial e tem a validade de seis meses.
  • Ficha técnica da habitação (FTH). Pedir ao promotor ou ao condomínio e é obrigatória para licenças emitidas a partir de 2004.
  • Livro de obra. Pedir ao empreiteiro (por exemplo, de moradias) e contém detalhes de isolamento e outros materiais.
  • Cartão de cidadão / NIF.

Entregar o dossier completo acelera o registo e evita pedidos adicionais. 

 

Quanto custa um certificado energético?

O preço do certificado energético é definido por duas parcelas: 

1. Taxa de registo (Portaria 138-H/2021)

Habitação

Comércio/Serviços

< T2 

28 € 

≤ 250 m² 

135 € 

T2–T3 

40,50 € 

250–500 m² 

350 € 

T4–T5 

55 € 

500–5000 m² 

750 € 

≥ T6 

65 € 

> 5000 m² 

950 € 

 

2. Honorários do perito

Este valor não está tabelado sendo estabelecido livremente pelos fornecedores do serviço. A título meramente indicativo, estes são os valores que se podem encontrar numa plataforma online de prestação de serviços. 
 

Tipologia / área (habitação)

Valor típico cobrado

Taxa fixa ADENE

Honorários estimados do perito

T0/T1 (≈ 40 m²) 

≈ 140 €

28 € 

≈ 110 €

T2/T3 (≈ 120 m²) 

≈ 165 €

40,50 € 

≈ 125 €

T4/T5 (≈ 180 m²) 

≈ 236 €

55 € 

≈ 180 €

 

Fatores de custo: tipologia, área, localização, complexidade (AVAC/domótica) e concorrência local de outros peritos. 

Como poupar

  • Condomínios podem negociar pacote para várias frações.
  • Entregue dados de melhorias (painéis, bombas de calor) já instaladas.
  • Evite finais de semestre, quando a procura dispara.

 

Como melhorar a classe energética da sua casa

O relatório do CE recomenda intervenções com investimento estimado e retorno. Intervenções mais frequentes: 

  1. Isolamento. Injeção de lã mineral em paredes ocas; sistemas de capoto (ETICS); isolamento em polietileno extrudido (XPS) em coberturas planas.
  2. Janelas eficientes. Vidro duplo com baixa-emis­são + PVC de tripla junta.
  3. Sistemas de climatização de classe energética A. Bombas de calor ar-água ou multisplit com coeficiente de desempenho elevado.
  4. Painéis solares fotovoltaicos. Até 30 m² para autoconsumo reduz o indicador de energia primária.
  5. Ventilação mecânica com recuperação. Diminui perdas e melhora a qualidade do ar.
  6. Iluminação LED + sensores. Especial impacto em comércio e serviços.

Quer saber se a sua casa ou a que pretende comprar tem certificado energético válido? Pode consultá-lo em segundos no motor de busca do Sistema de Certificação Energética. Basta introduzir um dos seguintes dados: morada, artigo matricial, fração ou, se já o tiver, o próprio número do certificado. O formulário devolve imediatamente a classe energética atribuída, a data de emissão e a validade remanescente. Se um imóvel não surgir neste registo considera-se que não possui certificado válido, requisito obrigatório para venda, arrendamento e obtenção de incentivos à reabilitação. 

 

Numa altura em que tanto se fala em eficiência energética é bom lembrar que a certificação é um passo importante: ganha um diagnóstico detalhado, recomendações de melhoria, acesso a incentivos e valorização imediata do imóvel. Para maximizar a eficiência energética, recomendamos ainda que escolha cuidadosamente as suas tarifas de energia, optando por soluções que põem a eficiência e o custo em primeiro lugar, como as Tarifas de Eletricidade e Gás da Repsol.