Contacte-nos
Nós ligamos!
O número de telefone é obrigatório Deve inserir um número de telefone correto
Ao preencher este formulário, entraremos em contacto consigo para lhe fazer chegar a nossa oferta de Eletricidade e Gás.
Aceite a Política de Privacidade
Para continuar, deve aceitar a política de proteção de dados
o
Contacte-nos
210 540 000 Linha de Apoio e Contratação

Vitrocerâmica vs indução: qual a melhor escolha para a sua cozinha?

Vitrocerâmica vs indução

Substituir um fogão a gás por uma placa elétrica é a forma mais rápida de baixar emissões na cozinha, mas surge logo a dúvida: vitrocerâmica ou indução? Ambas consomem eletricidade, partilham design em vidro preto e controlos táteis, porém funcionam distintamente e têm resultados diversos em eficiência, rapidez, segurança e preço.  

 

O que são placas vitrocerâmicas e como funcionam?

A vitrocerâmica é, no fundo, uma resistência elétrica protegida por uma placa de vidro. Quando liga uma das posições da placa, a corrente aquece a resistência que passa o calor para a superfície de vidro que, por sua vez, transfere energia para o tacho. O calor irradia em círculo, visível pelo tom vermelho do elemento, e mantém-se mesmo após desligar, o que lhe permite aproveitar o calor residual para terminar a confeção. 

Vantagens imediatas: preço de compra baixo, compatibilidade com qualquer panela (alumínio, barro, inox ou ferro) e instalação elétrica simples. Desvantagens: arranque lento e precisa de mais tempo para ferver um litro de água. Há também perda de energia para o ar envolvente e na superfície que permanece quente vários minutos após o uso. 

 

O que são placas de indução e como funcionam?

A indução substitui a resistência por bobinas de cobre. As bobinas geram um campo magnético que atravessa o vidro e excita as moléculas metálicas no fundo do recipiente. O calor forma-se na panela, não na superfície. Resultado: fervura de um litro de água em menos de dois minutos, regulação instantânea da temperatura e praticamente zero calor desperdiçado para o ambiente. 

Este método exige tachos adequados, em ferro fundido ou aço inox apropriado. O alumínio ou vidro não funcionam a menos que tenham um disco ferromagnético incorporado. Os modelos atuais detetam automaticamente se o utensílio é compatível e desligam-se caso não identifiquem um metal apto, aumentando a segurança doméstica. 

 

Tabela comparativa: vitrocerâmica vs. indução, vantagens e desvantagens

 

Critério

Placa vitrocerâmica

Placa de indução

Eficiência útil

Até 70% da energia chega ao alimento 

Até 90% da energia chega ao alimento 

Velocidade de aquecimento

Ferve 1 litro de água em cerca de 6 minutos 

Ferve 1 litro de água em menos de 2 minutos

Controlo de temperatura

Resposta retardada 

Ajuste instantâneo, ideal para molhos delicados 

Segurança

Superfície mantém-se quente após uso 

Superfície relativamente fria; desliga se não houver panela ou em caso de derrame 

Compatibilidade de panelas

Qualquer material 

Fundo com material apropriado 

Limpeza

Superfície lisa e os resíduos podem queimar e agarrar ao vidro 

Superfície lisa com menos derrames queimados e agarrados porque vidro não aquece tanto 

Ruído

Silenciosa 

Ventoinha de arrefecimento com um som ligeiro 

-


Consumo de energia: qual placa é mais eficiente?

A eficiência mede a parte da eletricidade que realmente aquece o alimento. Foram realizados ensaios que indicam que a placa de indução transfere até 90% do calor para o recipiente, contra 70-75% numa placa de vitrocerâmica convencional. 

 

Preço: quanto custa cada tipo de placa?

Há, naturalmente, uma grande variedade de placas no mercado e diversas gamas de preços. A seguir damos uma indicação do que pode esperar encontrar em termos de preços: 

Vitrocerâmica

  • Entrada de gama (60 cm, 3 zonas): 140-200 €
  • Gama média (60 cm, 3 zonas): 200-400 €

Indução

  • Entrada de gama (3 zonas): 150-200 €
  • Gama média e alta (3 zonas): 200-900 €

As contas completas exigem somar panelas novas (caso não sejam adequadas para indução magnética) e a eletricidade poupada durante os anos de vida útil do equipamento.  

 

Segurança: qual placa é mais segura?

A indução coloca-se à frente por três motivos: 

  1. Vidro menos quente. Como o calor é gerado diretamente no tacho ou panela, a superfície da placa de indução atinge temperaturas inferiores e arrefece mais depressa.
  2. Desligar automático. A deteção de panela ausente, transbordo de líquidos ou sobreaquecimento corta a corrente em segundos.
  3. Sem chama nem gás. Menor libertação de NO₂ e CO, vantagem em cozinhas pouco ventiladas.

A vitrocerâmica compensa parcialmente com indicadores de calor residual (luz “H” acesa enquanto a zona estiver > 50 °C), mas não evita o perigo de contacto inadvertido, sobretudo em casas com crianças. 

 

Limpeza e manutenção: qual placa é mais fácil de limpar?

Em ambos os casos o vidro é liso, sem grelhas ou bicos. Contudo, as diferenças subtis contam:

  • Vitrocerâmica: como o vidro aquece, restos de molho queimam e aderem, exigindo raspador metálico e produto desincrustante. Riscos são comuns se se usar palha de aço ou esfregão abrasivo.
  • Indução: o derrame não carboniza porque o vidro fica morno e pode ser suficiente um pano húmido e detergente neutro. A ventoinha interna requer passagem de ar limpa e desimpedida. 

 

Vale a pena mudar de vitrocerâmica para indução?

Sim, se:

  • Cozinha diariamente e valoriza a rapidez;
  • Está disponível para trocar as panelas/frigideiras/tachos caso seja necessário.

Talvez não, se: 

  • Cozinha esporadicamente e já tem uma vitrocerâmica funcional;
  • Usa tachos de barro, alumínio ou wok tradicional que não são magnéticos;
  • Tem orçamento limitado para o eletrodoméstico e para panelas/frigideiras/tachos novos.

 

Como maximizar a eficiência, independentemente da placa

  • Cozinhe sempre com tampa. Fechar panelas e tachos reduz a fuga de vapor, acelera o aquecimento e corta minutos de consumo elétrico em qualquer tipo de placa.
  • Desligue antes do fim e aproveite o calor residual. Nas placas vitrocerâmicas, o vidro mantém-se quente vários minutos. Nas placas de indução, o tacho guarda energia suficiente para concluir a cozedura. Desligar a zona 2/3 minutos antes é energia que deixa de ir para a fatura.
  • Use utensílios adequados
    • Placa de indução: fundo plano e material adequado, para o campo eletromagnético trabalhar a 100%.
    • Placa vitrocerâmica: qualquer material serve, mas o fundo plano garante melhor contacto. Desta forma evita perdas e obtém um aquecimento uniforme.
  • Mantenha a superfície impecável. Espere arrefecer e passe um pano húmido; se restarem resíduos, utilize um raspador de vidro próprio, nunca palha de aço, que risca o vidro e dificulta a transferência de calor nas utilizações seguintes.

A placa de indução vence em eficiência, resposta térmica e segurança. A placa de vitrocerâmica tem um menor custo de aquisição e compatibilidade universal de panelas, tachos, etc. Independentemente da preferência, analise o rótulo energético, compare preços numa loja de confiança e ajuste a potência contratada à nova carga. Este é o passo final para garantir que a mudança de placa se traduz em refeições mais rápidas, contas controladas e uma cozinha mais segura. 

 

Caso esteja a equacionar fazer a transição de fogão a gás para fogão elétrico, poderá ter de reconsiderar a sua potência contratada, uma vez que irá utilizar mais um equipamento elétrico, sendo que, para tal, deverá calcular o consumo de energia da sua casa, para verificar se, efetivamente, é necessário alterar a potência.  A nossa equipa poderá ajudar a selecionar a tarifa que melhor se adequa às suas necessidades de consumo.